Sabes quem sou?... eu chamo-me dinheiro,sou dos reis e deles é meu reino;
Encaro ao mal que faço ao mundo inteiro,
Bem como a cobra seu veneno.
E sabes de onde vim?... das priscas eras,
Sou filho da esperteza; a iniqüidade
E as travas amo, e sou pior que as feras,
Se roubo mil, dou um por caridade!...
Vou para o trust, o ideal liberticida,
O lúgubre fator da ruína alheia,
Em cujo reino um pão vale uma vida,
E mais que a vida vale um grão de areia.
20 de abril de 1911
Extraido do livro "Os anarquistas no Rio Grande do Sul"
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