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domingo, 27 de fevereiro de 2011

DIASDYLUTA! - Contra o Racismo e o Preconceito

Na escola, eu aprendi que uma princesa muito boazinha DEU a liberdade aos negros escravos.

Mas nunca me disseram que a falsa abolição da escravatura no Brasil se deu por causas de questões político-económicas.

A partir de 1860, a elite brasileira percebe que tem que substituir o negro escravo, pois em 1865 os Estados Unidos praticam à abolição da escravatura; com isso, surge à imigração européia como mão-de-obra emergente. No Brasil, a Busca de um
melhoramento de trabalho e uma política de branqueamento, daria uma melhora à "raça" brasileira. Ou seja, uma qualidade a origem do Brasil. As transformações sofridas no Brasil durante o final do século XIX, com uma base econômica escravista, onde a partir de 1850, a proibição do trafego negreiro – pela Inglaterra – afetou diretamente a economia Brasileira, pois marcou o início do desmantelamento da escravidão. Esse elemento fundamental – a proibição do trafego negreiro – proporcionou a criação da lei do ventre livre em 1871, que estabeleceu um desconforto para a sociedade brasileira,
visto que, aumentou a população negra livre, causando uma instabilidade social. Ainda dentro dessa perspectiva, a preocupação de substituir a mão-de-obra escrava, necessitava uma reformulação de trabalho. Com o aumento das exportações do café, a mão-de-obra já se apresentava com dificuldade necessitando de mais de trabalhadores;
proporcionando assim, a vinda de imigrantes europeus nessa nova ordem econômica.

Alem disso a situação brasileira na relação entre negros e brancos já havia se tornado um barril de polvoras, pois ao contrario do que se pensa os negros não aceitaram pacificamente sua condição de escravo.

A presença do negro na Historia do Brasil não se resume ao trabalho pesado baseado na submissão total. Os escravos fugiam, se matavam e atentavam contra a vida de seus senhores.

Isso nas condições de existência a que eram submetidos, o que não era coisa pouca. Que dizer então das revoltas dos negros? Não de um ou dois, mas de grupos de negros que se levantavam contra sua condição?
A Balaiada, ocorrida em 1838 no Maranhão e no Piauí, talvez seja o mais conhecidos dos levantes escravos. Durante três anos os negros revoltosos resistiram as tropas do governo para, no final, capitularem diante das forças muito superiores lideradas pelo futuro Duque de Caxias.

Na Bahia, os negros muçulmanos causaram transtorno muito grande as autoridades nas primeiras décadas do século XIX. Em 1808-9 os escravos haussás desertaram de engenhos no Recôncavo Bahiano e internaram-se nas matas onde foram caçados brutalmente e depois mortos ou aprisionados, em 1813, cerca de seiscentos negros da armação de Manuel Inácio da Cunha se revoltaram e atacaram todos os brancos que encontraram pelo caminho nas cercanias de Itapuã.

Só foram batidos quando importantes tropas colocadas em seu encalço mataram ou feriram cinqüenta deles.

Em 1835, apesar de denunciados por uma negra liberta, dezenas de nagôs se revoltaram, chegando a ocupar, por horas, ruas e edificios públicos de Salvador.

No Rio, no Espirito Santo, em São Paulo, no Sul, a quantidade de levantes negros ocorridos ou abafados graças a denuncias foi muito grande. Na Segunda metade do século XIX, o temor desses movimentos se tornou intenso. Nas cidades, os negros constituíam sociedades secretas de cunho religioso nas quais preservavam suas antigas crenças, ou desenvolviam praticas sincréticas ( a "síntese" entre o cristianismo e religiões africanas ), treinavam capoeira, em que aprendiam golpes mortíferos destinados a seus inimigos. No campo, a grande concentração de escravos apavorava os brancos.


O fantasma de uma insurreição ampla estavam sempre presentes nos pesadelos dos senhores e das autoridades. Levar isso em consideração é importante, tanto para destinar ao negro o verdadeiro papel que ocupou, como para se pensar o próprio processo da falsa abolição da escravatura no Brasil.

Como podemos ver, os negros escravizados não ficaram sentados esperando que alguém viesse e lhes dessem a abolição, eles lutaram por suas vidas e pela liberdade, muitos perderam sua vidas nessa luta... mas nunca esmoreceram ou baixaram a cabeça... e cabe a nos continuarmos as lutas de nossos antepassados, luta essa que assim como a escravidão, ainda não acabou...
O escravo mudou de nome, hoje é assalariado... já não vive mais na senzala, mas em favelas e regiões periféricas... já não há mais os capitães do mato, mas a policia faz seu papel...

O cenário mudou... a escravidão é a mesma... o racismo permanece... a cor da pele ainda é critério de exclusão...

Esse é um chamado a todos. Não só para negros... mas para todos, brancos, negros, indios, mulatos, amarelos, judeus, mestiços, seres-humanos, que tem esse sangue guerreiro correndo nas veias (uma vez que a maior parte dos habitantes dessas terras descendem dos povos negros e indigenas que aqui resistiram a escravidão e a invasão) e o espirito de liberdade pulsando no coração... todos que não mais aceitam o racismo ou qualquer outra forma de discriminação e preconceito...

Retomemos as lutas de nossos antepassados, pela nossa liberdade, por igualdade de direitos, pelo fim do racismo e toda e qualquer forma de discriminação, preconceito, dominação e exclusão...

E o primeiro passo para isso é conhecermos nossa historia e quem realmente somos...

A LIBERDADE É ALGO QUE NÃO TEM PREÇO!!!

OS PODEROSOS SÃO RACISTAS... O CAPITALISMO É ESCRAVIDÃO...

COMBATAMOS O PODER INSTiTUÍDO

extraido de:
http://info-diasdyluta.blogspot.com/
leiam se enforme-se e lute!

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