No Rio Grande do Sul, uma das regiões menos atingidas pelo ciclone bernardista, o grupo ácrata, editor de “O Nosso Verbo”, fazia circular pelas entidades afins, de mão em mão, o “Hino da Liberdade”, com música do hino Brasileiro:
HINO DA LIBERDADE
Unamo-nos escravos da: política,
Na justa aspiração da liberdade
Pois temos que exercer severa crítica
Contra a desordem secular da sociedade
A quem os filhos. Oh! Produtores.
A quem os filhos,
Hoje mirrados na pobreza os consomem,
Lançai por terra, os empecilhos
Que é o mais justo dever de todo o homem!
Que as nossas dores
nos inspirem,
sempre! Sempre!
O gozo é para nós um sonho místico
Que zomba da miséria dissolvente;
Esteios, que se perdem no reverso;
Baluartes, que a desgraça vos levaram,
Só vós sois os obreiros do Universo!
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Oh! Produtores
Que o vosso sangue derramais
Aos opressores,
Clamai justiça para os punir!
Anarquia! Porvir!
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Esta vil sociedade tão despótica
Desprezêmo-la de vez, filhos do povo,
E de toda esta amizade patriótica
Façamos renascer um mundo novo.
Operários, que assim nasceram,
Tanto padecem nesta vil sociedade?
Sejamos fortes e sempre bravos
Combatemos sem descanso a iniqüidade!
Que nossas dores
nos inspirem
sempre e sempre!
A dor restou em nós força titânica
Para grande combate a burguesia,
E seja a nossa cólera vulcânica
A vida dos princípios da Anarquia!
Mas, na verdade erguendo os seus escombros
Mostremos o valor da sã Justiça!
Não mais fatigue o peso os nossos ombros!
Oh! Produtores
Que o vosso sangue derramais
Aos opressores,
Clamai justiça para os punir!
Anarquia! Povir!
Extraído:
Livro: Novos Rumos
Autor: Edgar Rodrigues
Editora: Mundo livre
Pagina: 217 á 218
Ano: 1978
Este é o único lugar na internet onde eu encontrei o Hino da Liberdade, mas ele é ligeiramente diferente do que me recordo, vou postar aqui pra ficar registrado:
ResponderExcluirHINO DA LIBERDADE
Unamo-nos escravos da política
Na justa aspiração da liberdade
Pois temos que exercer severa crítica
Contra a desordem secular da sociedade
Produtores, a quem os filhos
Hoje mirrados na pobreza se consomem
Lançai por terra os empecilhos
Que é o mais justo dever de todo o homem
Que as nossas dores
Nos inspirem
Sempre! Sempre!
O gozo é para nós um sonho místico
Que zomba da miséria dissolvente
E o Estado, este enigma sofístico
Se encarrega de a tornar mais persistente
Esteios que se perdem no reverso
Baluartes que a desgraça vos levaram
Só vós sois os obreiros do universo
Oh! Produtores
Que o vosso sangue derramais aos opressores,
Clamai justiça para os punir
Anarquia porvir!
Esta vil sociedade tão despótica
Reprovemo-la de vez, filhos do povo
E de toda esta amizade patriótica
Façamos renascer um mundo novo
Operários, que assim escravos
Tanto padecem nesta vil sociedade
Sejamos fortes e sempre bravos
Combatendo sem descanso a iniquidade
Que as nossas dores
Nos inspirem
Sempre! Sempre!
A dor restaure em nós força titânica
Para o grande combate à burguesia
E seja a nossa cólera vulcânica
A vida dos princípios da anarquia
Mas da verdade erguendo os seus escombros
Mostremos o valor da sã justiça
Não mais fatigue o peso os nossos ombros
Oh! Produtores
Que o vosso sangue derramais aos opressores
Clamai justiça para os punir!
Anarquia, porvir!