O comunismo não é, para falar a verdade uma idéia nova. Já Platão (
O célebre chanceler inglês Tomas Morus (1478-1535), em sua novela política e social “Utopia”, expõe também o desenvolvimento de um Estado de tendência comunista.
Um século mais tarde, o frade dominicano italiano, Tomás Campanella (1568-1639), um dos precursores do método experimental _ o que lhe custou vinte e sete anos de cárcere, publicou sua “Cidade do Sol”, baseada ao mesmo tempo na teocracia e no comunismo.
Por sua vez, Babeuf ( 1760-1797), durante a Revolução francesa, publicou um diário “A Tribuna do Povo”, uma doutrina comunista. Após a queda de Robespierre, tentou levar à prática sua teoria com a conspiração chamada dos iguais que, descoberta, abortou; tendo sido ele condenado à morte.
Cabet (1788-1856), esboçava ainda em sua “Viagem por Icáris”, outro sistema comunista.
Todas essas formas de comunismo que até essa data é manifestaram, tinham o defeito de ser muito autoritárias, isto explica e justifica os ataques de que foram objetos por parte de Proudhon, Bakunine e outros escritores de tendência anarquista.
Os anarquistas começaram a denominar-se comunistas com a primeira Internacional, precisando bem claramente desde essa época, o caráter profundamente libertário do seu comunismo.
Muito ao contrario, Marx, que em seu “Manifesto Comunista”, publicado em 1874, condenava furibundamente todas as escolas socialistas, viu seus discípulos da Alemanha e de outros lugares, abolirem o rótulo de comunistas, para colocaram-se como social-democratas, permitindo essa incongruência ser crer que deveria protestar. Tratava-se, por certo, de partidos políticos que nada tinham de comunistas. Apesar desta falta de seriedade e de conseqüência, Max continua sendo para grande numero de pessoas, exceção dos anarquistas, o maior comunista do século XIX.
Extraído:
Livro: Novos Rumos
Autor: Edgar Rodrigues
Edtora: Mundo Livre
Paginas:38 é 39
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