Não nos consta que o Movimento Anarquista do Brasil enviasse delegação ao Congresso de Amsterdam, realizado em
1.°- “O Anarquismo e o Sindicalismo”; relatores: Pedro Monatto (Paris) e João Turner (Londres);
2.°- “”Greve Geral e Greve política”; relatores: R. Friedeberg (Berlim) e H. Malatesta (Itália);
3.°- “Anarquismo e Organização”; relatores: Jorge Thonar (Liége) e Amadeu Dunois (Paris) ;
4.°- “O Anti-Militarismo como Tática do Anarquismo”; relatores: R. de Marmande (Paris) e Pedro Ramus (longres);
5.°- “A Associação Produtora e o Anarquismo”; relatores: Gustavo Landauer (Alemanha), F. Van Eder (Holanda), E. Chapelier (Bélgica) e I. I. Samson (Holanda);
6.°- “A Revolução na Rússia”; relatores: a designar pelos grupos russos;
7.°- “Alcoolismo e Anarquismo”; relatores: Dr. J. Van Rees (Holanda);
8.°- “A Literatura Moderna e o Anarquismo”; relator: Pedro Ramus (Longres).
Outros pontos foram postos em discussão tais como: “Organização da Internacional Libertaria” e a “Redação duma declaração de princípios comunista-anarquista”.
Os anarquistas estão preocupados em acoimar as tendências autoritárias que, desde a Associação Internacional dos Trabalhadores (A.I.T.), vinham influindo e provocando polemicas no seio das suas agrupações e nos meios sindicais, principiavam a traçar rumos de divulgação do anarquismo dentro e fora dos sindicatos. No Brasil, a influencia anarquista no sindicalismo foi mais eficiente
O proletariado paulista lançava-se então numa luta desigual para reduzir as horas de trabalho, enfrentando as mais revoltantes perseguições, espancamentos e, não raro, a prisão por muitos meses. Tão gritantes se tornaram as torturas e a caça ao trabalhador que o governo paulista viu-se forçado a enviar à Câmara Estadual uma _falsa _ mas uma explicação que principiava com estes termos: “GREVE – nos princípios de maio último,, os operários de diversos misteres declaram-se em parede, desejando muitos aumento de salário e todos os estabelecimento das oito horas de trabalho. Funcionava na capital, à travessa da Sé, n.°
A princípio calma e dentro da lei, logo a parede (greve) começou a se manifestar por ameaças e violências. Teve então a polícia a intervir, fazendo dissolver esses ajuntamentos de operários, que se tornaram ilícitos, dos quais partiam movimentos que com ameaças e violências matérias, perturbavam a ordem pública, e mandando recolher à prisão preventiva diversos cabeças, que foram depois postos
Desta vez, sem falar dos anarquistas, o governo estadual afirma “heroicamente” ter mantido a “ordem publica “ e salvando a pátria. Só não diz que a ordem pública era essa que autorizava a polícia a roubar livros e prender operários indefesos, só porque reivindicavam a redução do horário de trabalho.
Extraído:
Livro: Socialismo e Sindicalismo no Brasil
Editora: Laemmert
Autor: Edgar Rodrigues
Paginas: 208 á 210
Ano:1969
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