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domingo, 22 de abril de 2012

FERRER, ESPIRITO ORGANIZADOR

Descrendo dos movimentos revolucionários parciais, descrendo do Estado ou da iniciativa oficial, apelou sempre para a vontade individual.

E conseguiu reunir em torno dos seus sonhos de liberação humana, nomes eminentes como os de Elisée Reclus, Letourneau, Odon de Buen (Sábio naturalista espanhol), o prof. Martins Vargas, Anselmo Lourenzo, Anatole France, C. A. Laisant, Kropotkine, Ernest Haeckel, Gíuseppe Serpi, Paul Gilles, Roorda van Eysinga, Lucian Decayes, Eugéne Fournière, Sebastien Faure, GrandJouan, Maeterlinck, Malato, Alfred Naquet, Paul Robin, Scinbat, Yvetot, Clemence Lacquinet, Ramon e Cajel, J. F. Elslandre, Henritte Meyer, além de muitos outros nomes ilustres.

Exilado na França, fundou a “Liga Internacional para a Educação Racionaria da Infância”.
E a Escola Moderna publica os seus quarenta e cinco livros escolares e uma coleção de boletins que são revistas pedagógicas.

Clemence Jacquinet resume em três volumes o seu Compendio de Historia Universal e enceta a serie brilhantemente de compendidos editados pela Escola Moderna, sob o critério da moderna pedagogia.

Estevañez escreve o resumo da História de Espanha.
O professr Lluria, Escreve A Evolução Super-organica. Odon de Buen, dois volumes de Historia Natural. A. Bloch e Paraf-Javal escrevem a Sustância Universal. E’ feita uma esição especial do livro de Malvert, Origem do Cristianismo, quarto livro de literatura escolar.

O primeiro livro e literatura é a Cartilha Filológica Espanhola, ao mesmo tempo silabários, gramática e manual ilustrado da evolução.
Em pouco tempo, 20.000 exemplares foram esgotados. E’ a historia da evolução biocosmica, desde o átomo até o homem.

A antropologia, pelo Dr. Engerrand, da Universidade de Liège; Evolução, pelo Dr.Letourneau, da Escola de Antropologia de Paris; Geografia Física e Mineralogia, etc., pelo Dr. Odon de Buen; Psicologia étnica por CH. Letourneau; além de muitas outras edições, adaptações e traduções notáveis como, por exemplo, O Homem e a Terra, de Elisée Réclus.

A primeira providencia de Ferrer foi preservar o cérebro infantil e o adolente a sugestão e da rotina, determinadas pela influencia ancestral, impressa no ativismo e na ignorância ou na malicia, com que são feitos os livros escolares.

A biblioteca da Escola Moderna é toda nova de orientação cientifica e racionalista.
Primeiramente, Ferrer contribuiu o dique, a muralha contra o dogma, a superstição, a rotina, a ignorância e a hipocrisia moraliteísta.

E’ uma das mais facetas mais interessantes e mais profundas do pensamento de Ferrer.

“Educar a criança de modo que a sua inteligência se desenvolva ao abrigo das superstições, dizia Ferrer, e publicar os livros necessários para se obter esse resultado, tal é o fim da Escola Moderna”.
Repeti sempre o mesmo estribilho.
E propunham-se os dois objetivos:
1.° - Dar ás crianças uma instrução verdadeira, liberando-as de todas as tradições do passado, dos preconceitos de raça, de classes, de religião e de militarismo.

2.°- Pelos seus livros, pelas traduções das grandes obras cientificas modernas, pelos trabalhos de vulgarização, desenvolver o espírito racionalista e preparar para a sua propaganda, um perene desenvolvimento e adaptação dessas mesmas obras.
Assim, anexos à Escola Moderna, o seu complemento necessário e lógico: uma casa editora.

Livro: Ferrer o Clero Romano e a Educação Laica
Autora: Maria Lacerda De Moura
Pagina: 21 á 25
Ano: 1934

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