Assim como
estamos convencidos de que, abolindo o matrimonio regulamentado, restituindo a
vida, a realidade, a moralidade ao matrimonio natural, unicamente fundado sobre
o respeito humano e a liberdade dos dois indivíduos homem e mulher, que se
amam; e de que, reconhecendo a cada liberdade de se separar do outro quando
quiser, sem necessidade de pedir licença seja a quem for, negando igualmente a
necessidade dessa licença para unirem os dois, e repelindo em geral toda
intervenção de qualquer autoridade em sua união, nós os tornaremos mais
estreitamente unidos, bem mais fiéis e legais em para o outro – assim também
estamos convencidos de que, quando deixar de existir o maldito poder do Estado
para obrigar os indivíduos, as associações, as comunas, as províncias, as
regiões a viverem juntos, eles se ligarão muito mais frequentemente e construirão
entre si uma unidade muito mais viva, mais real, mais real, mais poderosa do
que aquela que têm hoje de formar, sob a pressão, para todos igualmente
esmagadora do Estado.
Quando tiverem desaparecido os Estados – haverá a unidade viva fecunda, benéfica, tanto das regiões como dos povos; e a internacionalidade de todo o mundo civilizado, primeiro, e de todos os povos da terra depois, por meio de livre federação e de organização de baixo para cima, desenvolver-se-á em toda a sua majestade, não divina, mas humana.
Mas convém distinguir federalismo de federalismo... O federalismo burocrático não poderia ser senão uma instituição aristocrático-oligárquica, porque, em relação ás comunas e ás associações operarias – industriais e agrícolas – seria ainda uma organização política de cima para baixo, como um fato de baixo – com a associação e com a comuna. Organizado, assim, debaixo para cima, o federalismo torna-se então a instituição política do socialismo, a organização livre e espontânea da vida popular.
Livro: Anarquismo roteiro da libertação social
Autora: Edgard Leuenroth
Editora: Mundo Livre
Paginas: 50 á 51
Ano: 1963
Quando tiverem desaparecido os Estados – haverá a unidade viva fecunda, benéfica, tanto das regiões como dos povos; e a internacionalidade de todo o mundo civilizado, primeiro, e de todos os povos da terra depois, por meio de livre federação e de organização de baixo para cima, desenvolver-se-á em toda a sua majestade, não divina, mas humana.
Mas convém distinguir federalismo de federalismo... O federalismo burocrático não poderia ser senão uma instituição aristocrático-oligárquica, porque, em relação ás comunas e ás associações operarias – industriais e agrícolas – seria ainda uma organização política de cima para baixo, como um fato de baixo – com a associação e com a comuna. Organizado, assim, debaixo para cima, o federalismo torna-se então a instituição política do socialismo, a organização livre e espontânea da vida popular.
Livro: Anarquismo roteiro da libertação social
Autora: Edgard Leuenroth
Editora: Mundo Livre
Paginas: 50 á 51
Ano: 1963
Nenhum comentário:
Postar um comentário